Brasil e outros 8 país sul-americanos pedem fim da violência na Venezuela
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No final da noite desta quinta-feira (20), nove países latino-americanos condenaram a violência na Venezuela, pediram eleições, a libertação de presos políticos e a separação dos poderes como caminho para o vizinho superar a grave crise.
Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Paraguai, Peru e Uruguai somaram-se à Declaração da ONU que pede "medidas concretas para reduzir a polarização" e exigiram a "retomada a institucionalidade democrática" e "datas para o cumprimento do cronograma eleitoral".
"Lamentamos que não se tenham atendido às exortações da comunidade internacional para um clima pacífico", comunicaram em nota conjunta os nove países que exigiram "datas para o cumprimento do cronograma eleitoral, a libertação dos presos políticos e a separação dos poderes constitucionais".
"Reafirmamos que é urgente a adoção de medidas para garantir os direitos fundamentais e para preservar a paz social", concluíram.
Brasil responsabiliza governo pelas mortes
Nesta semana, o presidente Mauricio Macri pediu eleições na Venezuela. O chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, responsabilizou o governo venezuelano pelas mortes durante as manifestações. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pediu à ONU "atenção quanto à preocupante militarização da sociedade venezuelana".
Na terça-feira, onze países latino-americanos (além dos nove já mencionados, também Guatemala e Honduras) pediram ao governo venezuelano que garantisse o direito à manifestação pacífica e que definisse um calendário eleitoral para ajudar a resolução da crise.
"Exortamos o Governo da República Bolivariana da Venezuela para que rapidamente se definam as datas para dar cumprimento ao cronograma eleitoral que permita uma pronta solução à grave crise que a Venezuela vive e preocupa a região", dizia a nota.
Assim, os países latino-americanos que não compõem os aliados incondicionais de Nicolás Maduro (Bolívia, Equador e Nicarágua) somaram-se ao pedido da oposição venezuelana que exige eleições gerais e a saída de Nicolás Maduro em meio à grave crise económica, política e humanitária que assola a Venezuela.
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